segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SÉTIMO ENCONTRO - GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA

Retornamos depois das férias com as novidades do encontro realizado em Cuiabá de 10 a 14 de agosto. Marcamos nosso encontro em 29/08 para continuação da nossa jornada.
Os cursistas estavam ansiosos para saber as novidades do encontro. Comentei com eles que a professora Maria Rosa Olímpio ficou muito feliz com os trabalhos que estão sendo realizados por todos nós, formadores e cursistas.
A professora ficou maravilhada com os trabalhos realizados pelos cursistas consultando seus portfólios.
Voltamos ao TP5 unidade 19 e 20 onde lemos o texto "Os urubus e sabiás" do livro "Coesão textual" de Ingedore Villaça Koch.
Os professores comentaram os "avançando na prática" que é o momento mais valioso, pois é nessa hora que as experiências são postas em práticas por cada um.
Passamos para a oficina 10 que era proposta de propaganda.
Os cursistas estravasaram a imaginação criando belas propagandas criativas e bem elaboradas.
COESÃO TEXTUAL:
CONCEITO E MECANISMOS
Texto I – Os urubus e sabiás
( 1 ) Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... (2) Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores.( 3 ) E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão de mandar nos outros. ( 4 ) Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamavam por Vossa Excelência. ( 5 ) tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. ( 6) A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás... ( 7 ) Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. ( 8 ) ”- Onde estão os documentos dos seus concursos? “ ( 9 ) E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. ( 10 ) Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. ( 11) E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar , mas cantavam, simplesmente...( 12) “ – Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.” ( 13) E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás... ( 14 ) MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá. (Rubem Alves, Estórias de Quem Gosta de Ensinar. São Paulo: Cortez Editora, 1984, p.61-62)